Sessão 18h - Mostra Panorama

PROGRAMAÇÃO MOSTRA PANORAMA

DEZEMBRO 2014



Dias 05 e 06 

Terra Estrangeira
de Walter Salles
Classificação:16 anos

No início da década de 90, Fernando Collor, primeiro Presidente eleito pelo voto popular depois de 25 anos de regime de exceção, inicia seu governo promovendo o Plano Brasil Novo (conjunto de medidas para o combate da inflação). Os efeitos dessa política econômica são o ponto de partida de " Terra Estrangeira" , filme de Walter Salles e Daniela Thomas. As perspectivas de um futuro incerto levava centenas de brasileiros a procurar uma única saída para a crise nacional, o aeroporto. E este foi o caminho que Paco, personagem de estréia de Fernando Alves Pinto, percorreu. Após o anúncio do Plano Collor ele vê a vida de sua mãe, Manoela, uma costureira espanhola que sonha em rever sua terra natal , destruída e, sem dinheiro, aceita entregar um pacote misterioso em Lisboa em troca do custeio de sua viagem. Ele perde a remessa e segue em fuga para a Espanha. Como que condenado a um constante deslocamento e sem qualquer esperança, o personagem de Paco permanece à deriva. Um exemplo perfeito dos orfãos de uma nação que aparentemente nunca irá acolhê-los. A trilha sonora de José Miguel Wisnick e a belíssima fotografia em preto e branco de Walter Carvalho contribuem para o clima noir que percorre todo o filme.






Dias 12 e 13 

Estômago
deMarcos Jorge
Classificação:16 anos

Estômago, de Marcos Jorge, é fruto de encontros surpreendentes. O primeiro é o do ator João Miguel com Raimundo Nonato, personagem que parece ter sido escrito para ele, encarnado com enorme domínio e profundidade. Outros encontros são igualmente decisivos: a comédia e a crônica social; a sofisticação e o não requintado; a estilização da fotografia e da trilha sonora e a veia realista das atuações. O equilíbrio entre essas forças garante ao filme um lugar bastante particular na cinematografia brasileira, servindo como chave de compreensão não só de seu próprio momento e estilo, mas também de algumas pontas soltas do cinema brasileiro – do realismo do diretor Roberto Santos, um dos precursores do Cinema Novo, à estilização típica dos anos 1980 de Wilson Barros em Anjos da noite, filme cheio de referências pop, um contraponto ao cinema de análise social do período anterior.








A Hora da Estrela
de Suzana Amaral
Classificação:14 anos

Baseado no romance homônimo de Clarice Lispector, é primeiro longa-metragem de Suzana Amaral. Modelo fértil para a história da adaptação cinematográfica brasileira pela forma criativa com que trabalha o discurso literário e sua transposição para o cinema. Narra a tragédia social do retirante nordestino a partir do percurso de Macabéa, uma imigrante alagoana que abandona o Nordeste para viver na metrópole. Alcançou expressiva repercussão e conquistou alguns dos principais prêmios nos festivais de Brasília e Berlim. 

















PROGRAMAÇÃO MOSTRA PANORAMA

NOVEMBRO 2014

07 e 08/novembro 

SERRAS DA DESORDEM
Direção: Andrea Tonacci
Classificação: 14 anos
2006, ficção/documentário, 135 min.

Sinopse: Carapirú vagou durante dez anos pelo Brasil caboclo após escapar de um massacre em sua aldeia. Andrea Tonacci foi um expoente do Cinema Marginal antes de filmar intensivamente com índios. O encontro desses dois homens resultou num clássico instantâneo, eleito melhor filme e direção no Festival de Gramado de 2006. Serras da Desordem, reconstitui a aventura de Carapirú, tendo ele próprio no papel principal, além de outros que conviveram com ele nos anos 1970 e 1980. Os reencontros reacendem velhas emoções e despertam novas, à medida que documentário e ficção se mesclam como em passes de mágica. Ao mesmo tempo, o filme reconta de maneira original a grande tragédia que se abateu sobre a população indígena durante o período da modernização conservadora. Uma obra de puro cinema, mas sem ilusões.

14 e 15/novembro  

NARRADORES DE JAVÉ
Direção: Eliane Caffé
Classificação Livre                                                                               
2003, ficção, 118 min

Sinopse: Narrar é uma arte, poder de invenção e de recriação. Narradores de Javé, segundo longametragem da diretora paulista Eliane Caffé, tem, entre suas forças, o modo como mostra esse dom de entreter e de transmitir histórias. Diante do risco de desaparecimento do lugarejo onde vivem, os habitantes de Javé recorrem à memória para preservar seu mundo. Mas quem sabe direito o que aconteceu na origem, como aquela gente foi parar lá? Cada contador tem sua versão, e a história acaba se desdobrando em muitas outras. Enquanto uns relatam a nobreza e a valentia dos antepassados, outros temperam com humor e picardia o jeito dos descendentes. A combinação de sabor popular com uma forma simples, porém elaborada, valeu a Narradores de Javé dezenas de prêmios importantes em festivais como o do Rio, o CinePE e o de Bruxelas.


  
21 e 22/novembro 

DURVAL DISCOS
Direção: Anna Muylaert
Classificação: 12 anos
 2002, Ficção, 96 min.

Sinopse: O grande vencedor do Festival de Gramado de 2002 (sete Kikitos, incluindo o de melhor filme), Durval discos, longa-metragem de estréia da diretora Anna Muylaert, alterna elementos de comédia absurda, drama comportamental e suspense. A história do quarentão que teima em vender apenas vinis em sua loja de discos, sua relação com a mãe amalucada e a chegada de uma menina que vai implodir esse universo se vale bem da mistura de gêneros e estilos e das freqüentes mudanças de tom. Também tendo uma menina imaginativa como protagonista, o curta A origem dos bebês segundo Kiki Cavalcanti, realizado sete anos antes do longa, já revelava o gosto da cineasta pelo humor insólito e seu talento para a direção de crianças.



28 e 29/novembro  

MUTUM
Direção: Sandra Kogut
Classificação Livre
2007, ficção, 85 min.

Obs.: Abertura com o Curta metragem Rio de Janeiro-Minas, 1991 de Marily da Cunha Bezerra.


Sinopse: Neste programa, curta e longa-metragem se complementam como traduções audiovisuais da obra do escritor João Guimarães Rosa e do retrato que ele elaborou das gentes e paisagens do sertão mineiro. O curta Rio de-janeiro, Minas (1991) reconstitui o encontro no porto de Rio de Janeiro dos protagonistas do romance Grande sertão: veredas, Riobaldo e Diadorim, que rumam para o rio São Francisco. Já o longa-metragem Mutum (2007) parte do capítulo de mesmo nome do livro Campo geral e apresenta Thiago, um garoto de dez anos cujo ponto de vista define como o espectador vê a realidade de sua família isolada no sertão. Em comum, os filmes buscam na poesia e no silêncio os segredos da vida.




PROGRAMAÇÃO MOSTRA PANORAMA

OUTUBRO 2014

DIA 03 de outubro, sexta-feira - 20h
DIA 04 de outubro, sábado - 18h

Baile Perfumado e O Homem da Mata
Classificação:16 anos

Baile perfumado e O homem da Mata promovem uma mistura curiosa de gêneros ao incorporarem ficção ao retrato documental. No filme de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, revivemos a saga do libanês Benjamin Abrahão, mascate responsável pelas únicas imagens de Virgulino Ferreira, o Lampião, quando este vivia em plena campanha no sertão nordestino. No filme O homem da Mata, de Antonio Carillho, o artista popular Zé Borba da Silva, ator, canavieiro, cantor, mateiro, compositor, pai-de-santo, artista da brincadeira folclórica, interpreta Jack, o vingador justiceiro, super-herói defensor dos canavieiros da Zona da Mata.

       Baile perfumado de Lírio Ferreira e Paulo Caldas    PE, 1998, Ficção, Colorido/PB, 93 min.
       O homem da mata de Antonio Luiz Carrilho    PE, 2004, Ficção, PB, 18 min.



DIA 10 de outubro sexta-feira - 20h
DIA 11 de outubro, sábado - 18h

Por 30 dinheiros
Classificação 12 anos

O cinema nordestino tem a boa fama de ser inventivo e humorado. Realização da Paraíba, o longa-metragem Por 30 dinheiros não nega a tradição. Dirigido pela paraibana Vania Perazzo Barbosa e pelo cineasta e crítico búlgaro radicado no Brasil Ivan Hlebarov, o filme é uma mistura de comédia burlesca com drama e até mesmo tragédia. No filme, o Cristo tem destino inevitável, tal qual Jesus de Nazaré, que precisa sofrer e ser crucificado para salvar a humanidade. Ou pelo menos parte dela. As aventuras, por vezes absurdas, mostram um Nordeste árido, pobre e sofrido, mas com disposição e fé para mudar o que a natureza impõe e os governos, omissos, apenas ajudam a agravar. Assim, metáfora e crueza andam lado a lado, num filme que se nega a enveredar por esquemas narrativos tradicionais e decide usar toda e qualquer dificuldade de realização como ferramenta a serviço da estética cinematográfica.





DIA 17 de outubro sexta-feira - 20h
DIA 18 de outubro, sábado - 18h


Serras da desordem
Classificação:10 anos

Carapirú vagou durante dez anos pelo Brasil caboclo após escapar de um massacre em sua aldeia. Andrea Tonacci foi um expoente do Cinema Marginal antes de filmar intensivamente com índios. O encontro desses dois homens resultou num clássico instantâneo, eleito melhor filme e direção no Festival de Gramado de 2006. Serras da Desordem, reconstitui a aventura de Carapirú, tendo ele próprio no papel principal, além de outros que conviveram com ele nos anos 1970 e 1980. Os reencontros reacendem velhas emoções e despertam novas, à medida que documentário e ficção se mesclam como em passes de mágica. Ao mesmo tempo, o filme reconta de maneira original a grande tragédia que se abateu sobre a população indígena durante o período da modernização conservadora. Uma obra de puro cinema, mas sem ilusões.

       Serras da desordem de Andrea Tonacci , 2006, Ficção, Color/PB, 135 min.



DIA 24 de outubro – sexta-feira - 20h
DIA 25 de outubro, sábado - 18h

Os Doces Bárbaros
Classificação 12 anos

O documentário dirigido por Jom Tob Azulay registra a turnê de shows “Os Doces Bárbaros”, que aconteceu em 1976 em comemoração aos dez anos de carreira individual de Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia. Foi uma turnê de sucesso que se iniciou por São Paulo e passou por Campinas e Curitiba, mas foi interrompida por um incidente policial em Florianópolis, envolvendo Gil e um flagrante de maconha. Ainda em plena ditadura militar, o caso tomou proporções desmedidas, levando Gil à prisão, julgamento e internamento em clínica de desintoxicação. O filme registra depoimentos dos geniais baianos, cenas de bastidores, o julgamento de Gil e impagáveis números musicais. Versão integral sem os cortes da Censura Federal. 




DIA 31 de outubro – sexta-feira - 20h
DIA 1º de novembro, sábado - 18h

Sinhá Moça
Classificação 12 anos

Entre 1949 e 1954, a Companhia Cinematográfica Vera Cruz se firmou como o maior e mais importante espaço de produção de filmes no Brasil. Com estúdios gigantescos montados em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), a presença de técnicos estrangeiros e a contratação de estrelas de
renome para atuar nos filmes, a Vera Cruz tinha a ambição de dar uma “qualidade internacional” aos longas-metragens realizados no país. Sinhá Moça foi lançado em 1953, já nos últimos meses da companhia, e se tornou um de seus principais títulos. Ganhou 11 prêmios no Brasil e no exterior, incluindo menção honrosa tanto no Festival de Berlim, na Alemanha, quanto no Festival de Veneza, na Itália. Com o chamariz da musa Eliane Lage
e do galã Anselmo Duarte, mais a pompa de superprodução de época, o filme até hoje é lembrado como um grande clássico.






PROGRAMAÇÃO MOSTRA PANORAMA





SETEMBRO/ 2014 
"Sessão de sexta-feira em novo horário: 20 horas"


Dias 05 e 06


Sinfonias urbanas
Classificação:14 anos

Embora as grandes cidades se caracterizem justamente pela enorme quantidade de habitantes em circulação constante, não é nada fácil encontrar nelas o seu lugar e estabelecer relações com as pessoas. Essa é a constatação inevitável que surge ao assistir aos curtas-metragens desta coletânea, cujos personagens estão em permanente conflito com paisagens, ritos urbanos e até mesmo outros habitantes. São filmes importantes, que passaram por alguns dos principais festivais do mundo, como Cannes (Estação), Clermont-Ferrand (Furico & Fiofó), Locarno e Roterdã (Praça Walt Disney), e que ganharam prêmios relevantes nos principais festivais nacionais, como Gramado (Ribeirinhos do asfalto), Brasília (Brasiliários), Sergipe (Engano), Anima Mundi (Furico & Fiofó), Belo Horizonte e Rio de Janeiro (Praça Walt Disney).

Brasiliários de Zuleica Porto
 - DF, 1986, Experimental, Colorido, 10 min.
Engano de Cavi Borges - RJ, 2008, Ficção, Colorido, 12 min.
Estação de Márcia Faria - SP, 2010, Ficção, Colorido, 15 min.
Furico & Fiofó de Fernando Miller - RJ, 2011, Animação, Colorido/PB, 8 min.
Praça Walt Disney de Renata Pinheiro e Sergio Oliveira
 - PE, 2011, Documentário, Colorido, 21 min.
Ribeirinhos do asfalto de Jorane Castro
 - PA, 2011, Documentário, Colorido, 26 min.




Dias 12 e 13



Comunidades 2
Classificação 14 anos                  
Recursos Extras Closed Caption e Audiodescrição 

O ambiente sociogeográfico representado pelas favelas é determinante da identidade brasileira a partir do momento em que esta se torna eminentemente urbana. É natural, portanto, que o cinema nacional se volte
com frequência a esse espaço como local privilegiado de alguns dos principais dilemas que enfrentamos. Este programa exibe oito títulos a partir dos quais se pode traçar uma pequena história dos problemas enfrentados não somente pelos moradores de comunidades como inclusive pelos cineastas que decidem voltar suas câmeras para elas. Entre as referências à música popular e os diferentes momentos de relação com as favelas como o espaço de um “outro”, a coletânea termina com o novo momento em que as câmeras estão nas mãos dos próprios moradores, que passam a produzir o seu imaginário audiovisual particular.

Associação dos moradores de Guararapes de Sérgio Péo - RJ, 1979, Documentário, Colorido, 11 min.
Dadá de Eduardo Vaisman - RJ, 2000, Documentário, Colorido, 20 min.
Neguinho e Kika de Luciano Vidigal - RJ, 2005, Ficção, Colorido, 18 min.
Nevasca tropical de Bruno Vianna  - RJ, 2003, Ficção, PB, 12 min.
O despejo ou... memórias de Gabiru de Sergio Glenes - RJ, 2008, Animação, Colorido, 7 min.
Valdir & Rute de Eloi Pires Ferreira - PR, 1997, Ficção, Colorido, 15 min.



Dias 19 e 20



Direitos humanos
Classificação 14 anos
Recursos Extras Closed Caption e Audiodescrição

Este programa reúne seis curtas-metragens exibidos nas edições da Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul entre 2007 e 2010, e que primam por realizar retratos humanos e comoventes com base
em situações que vão da deficiência à injustiça social. São três documentários e três ficções da recente produção brasileira com temas muito diferentes, mas que têm sua ênfase em um exame detido e emotivo
do cotidiano de seus personagens, inserindo o espectador no ritmo de suas vidas e utilizando o cinema para tratar de histórias e situações que escapam do cardápio habitual das atrações televisivas e cinematográficas mais badaladas.

Acercadacana de Felipe Peres Calheiros - PE, 2010, Documentário, Colorido, 20 min.
Aloha de Nildo Ferreira e Paula Luana Maia - SP, 2010, Documentário, Colorido, 15 min.
Dois mundos de Thereza Jessouroun  - RJ, 2009, Documentário, Colorido, 15 min.
Groelândia de Rafael Figueiredo - RS, 2009, Ficção, Colorido, 17 min.
O plantador de quiabos de Coletivo Santa Madeira - SP, 2010, Ficção, Colorido, 15 min.
Pugile de Danilo Solferini  - SP, 2007, Ficção, Colorido, 21 min.





Dias 26 e 27


Diferenças
Classificação: 14 anos

Uma das capacidades mais importantes do cinema é a de conseguir nos aproximar da vida de pessoas cuja realidade desconheceríamos de outra maneira. Seja pelo acesso a filmes de países distantes ou pelas narrativas em outros tempos históricos, o cinema sempre funciona como uma janela aberta ao outro. Mesmo que os filmes presentes nessa coletânea nos apresentem histórias bem próximas geograficamente e que se passem em tempos contemporâneos, ainda assim o que veremos será a possibilidade do contato com realidades bem distintas. Assim, conheceremos o mundo através da perspectiva de deficientes visuais (Reminiscência) e auditivos (O resto é silêncio), de anões (Criaturas que nasciam em segredo), daqueles que a sociedade considera como loucos (Príncipe do fogo) ou tão-somente daqueles que partilham hábitos ou crenças bastante particulares (Labirinto e Patuá). Ao final, vemos que estes 'outros', mesmo que a princípio distantes, são de fato bastante parecidos com todos e cada um de nós.

Criaturas que nasciam em segredo - Chico Teixeira, 1995       
Labirinto - Margarita Hernández e Tibico Brasil, 2002
O resto é silêncio - Paulo Halm, 2003       
Patuá - Snir Wein, 2002       
Príncipe do fogo -Silvio Da-Rin, 1984
Reminiscência Eduardo Nunes, 2001



PROGRAMAÇÃO MOSTRA PANORAMA



AGOSTO/ 2014 
"Sessão de sexta-feira em novo horário: 20 horas"

MOSTRA PANORAMA


DIA 01/08 – 20h
DIA 02/08 – 18h

ESTÔMAGO
Classificação:16 anos
Marcos Jorge, 2007

Estômago, de Marcos Jorge, é fruto de encontros surpreendentes. O primeiro é o do ator João Miguel com Raimundo Nonato,
personagem que parece ter sido escrito para ele, encarnado com enorme domínio e profundidade. Outros encontros são
igualmente decisivos: a comédia e a crônica social; a sofisticação e o não requintado; a estilização da fotografia e da trilha sonora
e a veia realista das atuações. O equilíbrio entre essas forças garante ao filme um lugar bastante particular na cinematografia
brasileira, servindo como chave de compreensão não só de seu próprio momento e estilo, mas também de algumas pontas
soltas do cinema brasileiro – do realismo do diretor Roberto Santos, um dos precursores do Cinema Novo, à estilização típica
dos anos 1980 de Wilson Barros em Anjos da noite, filme cheio de referências pop, um contraponto ao cinema de análise social
do período anterior.



DIA 08/08 – 20h
DIA 09/08 – 18h

OS DOCES BÁRBARO
Classificação 12 anos
Jom Tob Azulay 1978

O documentário dirigido por Jom Tob Azulay registra a turnê de shows “Os Doces Bárbaros”, que aconteceu em 1976 em
comemoração aos dez anos de carreira individual de Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia. Foi uma turnê de
sucesso que se iniciou por São Paulo e passou por Campinas e Curitiba, mas foi interrompida por um incidente policial em
Florianópolis, envolvendo Gil e um flagrante de maconha. Ainda em plena ditadura militar, o caso tomou proporções desmedidas,
levando Gil à prisão, julgamento e internamento em clínica de desintoxicação. O filme registra depoimentos dos geniais baianos,
cenas de bastidores, o julgamento de Gil e impagáveis números musicais. Versão integral sem os cortes da Censura Federal. 


DIA 15/08 – 20h
DIA 16/08 – 18h

DURVAL DISCOS
Classificação: 12 anos
Anna Muylaert, 2002

O grande vencedor do Festival de Gramado de 2002 (sete Kikitos, incluindo o de melhor filme), Durval discos, longa-metragem
de estréia da diretora Anna Muylaert, alterna elementos de comédia absurda, drama comportamental e suspense. A história do
quarentão que teima em vender apenas vinis em sua loja de discos, sua relação com a mãe amalucada e a chegada de uma
menina que vai implodir esse universo se vale bem da mistura de gêneros e estilos e das freqüentes mudanças de tom.



DIA 22/08 – 20h
DIA 23/08 – 18h

ÔNIBUS 174
Classificação: 14 anos
José Padilha, 2002


O sequestro do ônibus foi filmado e transmitido ao vivo pela televisão, cujas imagens são mostradas no documentário, porém um

dos argumentos sustentado pelo autor do filme é que o rapaz em foco tenha sido vítima de um processo de exclusão social a tal

ponto, que ele tenha se bandeado para o crime, não por escolha própria, mas por abandono por parte das autoridades do Estado

do Rio de Janeiro. O documentário mostra o processo de transformação da criança de rua em bandido e sugere as causas da

violência nas grandes cidades do Brasil.




DIA 29/08 – 20h
DIA 30/08 – 18h

A HORA DA ESTRELA
Classificação:14 anos
Suzana Amaral, 1985

Baseado no romance homônimo de Clarice Lispector, é primeiro longa-metragem de Suzana Amaral. Modelo fértil para a história
da adaptação cinematográfica brasileira pela forma criativa com que trabalha o discurso literário e sua transposição para o
cinema. Narra a tragédia social do retirante nordestino a partir do percurso de Macabéa, uma imigrante alagoana que abandona o
Nordeste para viver na metrópole. Alcançou expressiva repercussão e conquistou alguns dos principais prêmios nos festivais de
Brasília e Berlim.



JULHO/ 2014 
"Sessão de sexta-feira em novo horário: 20 horas"



DIAS 04 e 05/07/2014

SÃO PAULO SOCIEDADE ANÔNIMA – Direção LUIZ SÉRGIO PERSON
DIA 04/07 – 20h
DIA 06/07 – 18h

Poucas vezes o cinema brasileiro conseguiu capturar e eternizar um espaço e um tempo de maneira tão forte quanto no retrato da São Paulo da virada dos anos 1950 para os anos 1960. Enquanto o cinema nacional voltava seus olhos para o interior e para o sertão para conseguir encontrar uma idéia de brasilidade autêntica, Person vai em busca das angústias existenciais e coletivas de uma classe média urbana e mostra a vida de um homem absoluta e terrivelmente comum.


DIAS 11 e 12/07/2014

SERRAS DA DESORDEM – Direção ANDREA TONACCI
DIA 11/07 – 20h
DIA 12/07 – 18h 

Carapirú vagou durante dez anos pelo Brasil caboclo após escapar de um massacre em sua aldeia. Andrea Tonacci foi um expoente do Cinema Marginal antes de filmar intensivamente com índios. O encontro desses dois homens resultou num clássico instantâneo, eleito melhor filme e direção no Festival de Gramado de 2006. O filme reconta de maneira original a grande tragédia que se abateu sobre a população indígena durante o período da modernização conservadora.

DIAS 18 e 19/07/2014

NARRADORES DE JAVÉ – Direção ELIANE CAFFÉ
DIA 18/07 – 20h
DIA 19/07 – 18h 

Diante do risco de desaparecimento do lugarejo onde vivem, os habitantes de Javé recorrem à memória para preservar seu mundo. Mas quem sabe direito o que aconteceu na origem, como aquela gente foi parar lá? Cada contador tem sua versão, e a história acaba se desdobrando em muitas outras. A combinação de sabor popular com uma forma simples, porém elaborada, valeu a Narradores de Javé prêmios em festivais como o do Rio, o CinePE e o de Bruxelas.

DIAS 25 e 26/07/2014

ASSIM ERA A ATLÂNDIDA – Direção CARLOS MANGA
DIA 25/07 – 20h
DIA 26/07 – 18h 


Um dos maiores diretores da época de ouro da Atlântida, Carlos Manga reúne trechos das principais produções dos estúdios cariocas e depoimentos de atores e diretores. Há dramas, comédias e policiais - que sobreviveram a um incêndio e a uma inundação nos depósitos da empresa – mas foi com as chanchadas musicais que a Atlântida marcou época nos anos 1940 e 1950 e lançou mitos como Grande Otelo, Oscarito, Zezé Macedo, Zé Trindade, Anselmo Duarte e Cyll Farney.



PROGRAMAÇÃO MOSTRA PANORAMA

JUNHO/ 2014 
"Sessão de sexta-feira em novo horário: 20 horas"



20 de junho - sexta: 20h00 
21 de junho sábado: 18h00

MEIO AMBIENTE NA TELA -  Curtas-Metragens
DIA 22/06 – 20h
DIA 21/06 – 18h 

Classificação:Livre

Conviver, estar em relação. Esses dois significados subjacentes ao termo ecologia revelam que a preocupação com o meio ambiente consiste, de fato, em cuidar da nossa casa e de tudo que nos cerca. Em garantir, além do bem-estar, nossa sobrevivência. Os seis documentários presentes neste programa registram o risco crescente provocado pela atitude predatória que enxerga o mundo como supermercado e lata de lixo. Feitos entre 1973 e 2011, estes filmes são também documentos de um problema que em quatro décadas só se agravou. Poluição, exploração, depredação, usurpação, extinção. Termos tão negativos servem de estímulo para sair da concha e entender que, para a espécie humana sobreviver, é fundamental que o mundo esteja vivo.

De Krajcberg a Chico Mendes – Direção Aluisio Didier - 10 min.
Ecologia – Direção Leon Hirszman - 10 min.
Encontro das Águas – Direção Bruno Torres e Evaldo Mocarzel -7 min.
Lutzenberger: For ever Gaia – Direção José Lutzenberger e Otto Guerra - 52 min.
Subpapéis – Direção Luiz Eduardo Jorge -18 min.
Xetá – Direção Fernando Severo - 20 min.



27 de junho - sexta: 20h00 
28 de junho sábado: 18h00

SINFONIAS URBANAS – Curtas-Metragens
DIA 27/06 – 20h
DIA 28/06 – 18h 

Classificação:14 anos

Embora as grandes cidades se caracterizem justamente pela enorme quantidade de habitantes em circulação constante, não é nada fácil encontrar nelas o seu lugar e estabelecer relações com as pessoas. Essa é a constatação inevitável que surge ao assistir aos curtas-metragens desta coletânea, cujos personagens estão em permanente conflito com paisagens, ritos urbanos e até mesmo outros habitantes. São filmes importantes, que passaram por alguns dos principais festivais do mundo, como Cannes (Estação), Clermont-Ferrand (Furico & Fiofó), Locarno e Roterdã (Praça Walt Disney), e que ganharam prêmios relevantes nos principais festivais nacionais, como Gramado (Ribeirinhos do asfalto), Brasília (Brasiliários), Sergipe (Engano), Anima Mundi (Furico & Fiofó), Belo Horizonte e Rio de Janeiro (Praça Walt Disney).

Brasiliários – Direção Zuleica Porto - 10 min.
Engano – Direção Cavi Borges - 12 min.
Estação – Direção Márcia Faria - 15 min.
Furico & Fiofó – Direção Fernando Miller - 8 min.
Praça Walt Disney – Direção Renata Pinheiro e Sergio Oliveira - 21 min.

Ribeirinhos do Asfalto – Direção Jorane Castro - 26 min.









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